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Lançado na última semana de janeiro de 2018 para PC, PlayStation 4 e Xbox One, este é o primeiro título da série totalmente legendado em português, com menus também já devidamente localizados para nosso idioma.
Testamos a versão de Monster Hunter: World para o PS4 com exclusividade aqui para o Games4U e ficamos muito impressionados com o trabalho primoroso da Capcom, que merece elogios pelo capricho nos detalhes. O mundo de Astera realmente ganha cores, profundidade e texturas que nos transportam para cada missão.
A grande sacada aqui é saber lidar com os monstros de Astera, afinal, somos “caçadores de monstros” — e é isso que o título do jogo nos diz. Então, temos Tobi-Kadachi (uma espécie de esquilo gigante do inferno), Anjanath (um dinossauro horrendo e sanguinário), Paolumu (parece um morcego branco vindo de um filme de terror dos anos 1970) e diversos outros gigantes gerados pela mente criativa da equipe da Capcom. Lidar com eles exige estratégia, pois tanto você pode atacar quanto correr e se esconder, dependendo do tipo de monstrão que você encara.
Obviamente, alguns acabam virando nossos inimigos favoritos, como o Paolumu. Esse estranho morcego branco gigante não é difícil de matar e, quando morre, deixa muitos itens pra gente resgatar. Então, é óbvio que a gente se diverte passando um tempão caçando e matando esses bichões esquisitos.
A premissa básica do jogo está justamente aí: caçar monstros, matá-los e recolher os espólios que ele oferece. E é exatamente fazendo isso que as horas passam e o jogo cumpre sua função de entreter, que é o que os fãs da série Monster Hunter sempre procuram.
Curiosamente, Monster Hunter: World está um pouquinho mais acessível aos novos jogadores da série com sua nova área de treinamento, que conseguem aprender mais rápido os macetes e as mecânicas do jogo. Estar mais “acessível” não significa que está mais “fácil”, pois quando os embates começam, a dificuldade é a mesma. Esse balanceamento do nível de dificuldade merece nossos aplausos, pois consegue satisfazer tanto os novos quanto os antigos fãs da série.
É curioso também como as áreas de exploração ganham mais opções, especialmente na Ancient Forest e na Wildspire Wates, que são arenas intensas e desafiadoras. Os mapas são independentes em cada área, por isso, não estranha a chatinha tela de “loading” cada vez que você vai de um para o outro.
Como fã de explorar mundos abertos que sou, confesso que fiquei surpreso com Monster Hunter: World, pois não se trata exatamente de um game de mundo aberto, mas os cenários são bem amplos o suficiente para nos dar esse gostinho da exploração, inclusive fugindo um pouco do jeitão nipônico tradicional da série e “namorando” um pouco mais com o estilão ocidental de fazer sandboxes.
No fim das contas, é um game que você se diverte demais, vê as horas passarem voando e, ao final, a cada monstrão derrubado, a sensação de satisfação é enorme. É uma proposta até simples que, infelizmente, a maioria dos games de hoje em dia está com alguma dificuldade de cumprir. Nesse quesito, Monster Hunter: World tira nota 10.
(Fernando Souza Filho)