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10/05/2017

Project Cars

Project Cars traz mais de 70 carros e 30 pistas novas

Simuladores, Corrida, Xbox One, Wii U, PS4, PC 

Três anos de desenvolvimento e uma comunidade de fãs forte: Project Cars foi criado desde o primeiro minuto para oferecer belos gráficos e uma jogabilidade mais realista. O ronco dos motores impressiona, os reflexos do carro em uma pista chuvosa nos deixam de boca aberta - mas não sem os seus problemas.

O game foi feito com o PC em mente. Dos menus à personalização de controles, tudo fica mais fácil ao usar o mouse. Nos consoles, os menus às vezes atrapalham a diversão, especialmente quando não apontam exatamente para onde o jogador deve clicar para voltar uma janela ou alterar uma configuração.

A jogabilidade fica em um meio termo entre arcade e simulação. Não tão realista quanto os mais poderosos simuladores do PC, nem tanto Need for Speed. O resultado é muito bom de se jogar no volante, mas não no controle. Ao jogarmos com o Dual Shock 4, só conseguíamos controlar os carros mais potentes com as assistências e com o controle de tração ligados.

Há uma quantidade de parâmetros que podem ser ajustados no controle, muito mais do que outros jogos no mercado - mas infelizmente o que a Slightly Mad coloca como padrão está longe do recomendável. Perdemos horas para tentar chegar a uma configuração na qual conseguíssemos ter um controle relativamente bom do carro e desligar algumas assistências. O mesmo não foi visto ao jogar com o volante, que de cara já conseguíamos nos sair muito bem.

O maior atrativo para quem for optar para jogar um jogador é o modo carreira que, ao contrário de títulos como Gran Turismo, exibe grande flexibilidade para o jogador. Você pode começar da primeira etapa, corrida de karts, ou ir direto para os poderosos carros de Fórmula C. A escolha é sua. Essa mudança nos deixou feliz, já que nem sempre queremos ficar presos a um único carro porque não “subimos de nível” em uma categoria. Project Cars libera tudo. Mais jogos deveriam fazer isso ou pelo menos oferecer essa opção.

A carreira em si é linear: treine na pista, consiga sua classificação, ganhe convites para eventos especiais e vença o campeonato. Ele chega a simular a ideia de que o jogador tem um calendário a cumprir, uma equipe que o contratou, mas, no fundo, são interfaces sem real impacto. Perder corridas resultam apenas em um e-mail irritado do líder da equipe.

Uma carreira dessas seria mais divertida se tivesse conseguido trazer a sensação de fazer parte de uma equipe. É um problema recorrente em Project Cars, parece que é algo “a mais” e nunca é. Com exceção da simulação e dos gráficos; todo o resto é superficial quase que inacabado.

O mesmo se pode ver na seleção de carros, que além de ser pequena, apenas uma meia dúzia dos mais de 70 carros que são realmente divertidos de controlar seja no volante ou no controle. Alguns ainda sofrem com bugs na direção ou se comportam de maneira estranha.

É inegável que Project Cars é belíssimo, da modelagem dos carros aos detalhes da pista, tudo parece ter sido feito com grande cuidado. Mas isso tem um preço nos consoles: problemas de desempenho em certas corridas. Basta a primeira gota de chuva tocar no chão que víamos a versão de PS4 cortar a taxa de quadros quase que pela a metade, o que pode prejudicar as corridas.

Project Cars é um jogo divertido se você, por acaso, decidir jogá-lo no PC, com um volante. A queda na taxa de quadros na versão consoles, em conjunto com os péssimos controles que precisam de sérios ajustes, fazem com que Forza ou Gran Turismo se tornem opções mais atraentes para fãs da Sony ou Microsoft.

(Lucas Moura)

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