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Nos idos de 2010, a gente dizia que God of War III era "indicado para os fãs da série e também para os amantes de videogame, que têm a obrigação de jogar um dos melhores jogos já criados na história. Após esses anos todos, com um cenário tecnológico bem diferente em plena era da next gen, o jogo volta remasterizado para aproveitar tudo o que o PS4 tem a oferecer. Mas será que ficou tão diferente assim?
Não há como negar que a resolução de 1080p, a alta definição das texturas e a ação com 60 FPS (frames por segundo) realmente muda a perspectiva do game. Quando jogamos God of War III no PS3, nos idos de 2010, ficamos impressionados com a parte gráfica, mas só no PS4 é que muitos detalhes ficam realmente latentes a ponto de influenciar até o modo como você joga. Os efeitos de luz, por exemplo, só agora é que podem ser observados em toda sua plenitude, o que nos faz reverenciar ainda mais o trabalho feito meia década atrás.
Mas a verdade é que a maioria das missões e as mecânicas de combate nós já conhecíamos muito bem pelas dezenas de horas que ficamos grudados no monitor alguns anos atrás, acompanhando a vingança de Kratos contra os deuses do Olimpo. A diferença agora é que jogamos no PS4, com televisores melhores preparados para sessões longas de jogatina. Fora isso, a parte gráfica não impressiona como a de um projeto feito especificamente para a nova geração dos consoles, como Batman: Arkham Knight ou Assassin’s Creed Unity, por exemplo.
E nem vamos entrar no mérito do enredo de God of War III, que é tão clichê que parece um remendo de diversos filmes épicos da década de 1950. Mas como o grande atrativo da série sempre foi sua mecânica de combates intensa e a ação eletrizante, o enredo de fato fica em segundo plano.
De qualquer modo, temos dúvidas se God of War III realmente foi a melhor escolha para iniciar a série de títulos remasterizados da Sony. O jogo é uma continuação direta de God of War II, que por sua vez formava uma espécie de arco da história junto com Chains of Olimpus e Ghost of Sparta (ambos para PSP). Mas isso tudo é resumido em um vídeo curto e até meio sem graça na intro de God of War III - Remasterizado. Em outras palavras: se você não jogou os títulos anteriores, não vai entender muito bem a extensão da ódio incontrolável de Kratos e muito menos porque todo aquele povo do Monte Olimpo está morto. O fator imersão fica seriamente comprometido.
É lógico que a gente acaba esquecendo isso quando a ação começa e você percebe detalhes em Kratos que eram impossíveis de ser detectados no PS3, como as armas que ele usa e o sangue que espalham quando utilizadas. Curiosamente, outros personagens não receberam esse mesmo capricho nesta remasterização do jogo. Perceba que Helios e Hephaestus, por exemplo, estão idênticos ao que eram na geração passada do PlayStation.
De qualquer modo, fã que é fã não vai conseguir resistir a ter Kratos em toda sua glória no PS4, especialmente porque esta versão remasterizada vem com todos os DLCs originais. Confesso que ainda estranho muito ouvir Kratos dublado com português de Portugal, mas isso não chega a ser necessariamente um problema neste lançamento brasileiro.