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Lara Croft já chegou a ser considerada a personagem de videogame mais icônica da cultura pop, já ganhou filmes, quadrinhos e inspirou inúmeros cosplays em incontáveis eventos de fãs pelo mundo afora. Por isso, cada edição da série Tomb Raider traz muita expectativa sobre o que vamos ver na personagem principal. Em Shadow of the Tomb Raider, ela está mais linda e curvilínea do que nunca (você viu o bumbum dela nesse jogo?), porém, acredite se quiser, o grande atrativo do jogo são os cenários, a ambientação da ação.
Confira o trailer dublado em português:
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Lançado no dia 14 de setembro de 2018 pela Square Enix para PC, PlayStation 4 e Xbox One, Shadow of the Tomb Raider impressiona com suas cutscenes espetaculares, mecânicas de combate cheias de opções e puzzles irritantemente difíceis. Porém, a fantástica ambientação do enredo é de longe seu maior atrativo. As florestas tropicais sul-americanas são belíssimas, as ruínas maias chegam a deixar a gente sem fôlego. A reprodução dos vilarejos pobres no meio da floresta e dos interiores de tumbas ancestrais também deixam a gente com vontade de não avançar na ação só para ficar apreciando os cenários.
Quem jogou o Tomb Raider de 2013 ou o Rise of the Tomb Raider de 2015 vai encontrar algumas ambientações bem familiares nas florestas tropicais do jogo. Se o estúdio aproveitou parte do material dos outros jogos e os aperfeiçoou para Shadow of the Tomb Raider, nós jamais saberemos e, sinceramente, isso pouco importa, pois o resultado é maravilhosos mesmo assim.
Partindo dos eventos que finalizaram o game anterior, Lara e seu parceirão Jonah Maiava continuam no rastro da Trinity, a organização inimiga da arqueóloga desde o primeiro game. Primeiro ela segue as pistas pelo México, depois se aprofunda nas florestas tropicais peruanas rastreando as ruínas maias.
O jogo não se preocupa muito em fornecer um background dos personagens, supondo que a gente já conhece bem a série e conhece mesmo, diga-se de passagem. Mas a história é tão bem desenvolvida que mesmo quem não jogou os dois títulos anteriores não tem qualquer problema para mergulhar nesse enredo cheio de elementos históricos, segredos e mistérios.
Conheça a bela cidade de Paititi:
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E mistério é o que não falta nessa aventura nova da Lara, porém, o mundo que envolve toda essa trama acaba sendo a grande estrela desse título. A floresta tropicai sul-americana e a cidade peruana de Paititi são um primor de capricho visual, com uma enorme quantidade de itens preciosos, pequenos tesouros, tumbas escondidas, animais raros e dezenas de outras curiosidades que fazem a gente levar o dobro do tempo para cumprir determinadas missões não queremos perder nenhum item do cenário, ora bolas!
É lógico que a maioria das tumbas é opcional e você pode cumprir a missão principal inteira entrando em apenas 10% delas, por exemplo. OK, mas qual seria a graça? Desde que joguei Tomb Raider II, lá nos idos de 1997, virei um ávido “caçador de loots” nos cenários da série. E isso não foi diferente nas tumbas de Shadow of the Tomb Raider.
É claro que em algumas oportunidades os puzzles que encontramos nas tumbas são um teste para a paciência. Tem um em particular, no Templo do Fogo, que tive que me render após horas de tentativas frustradas e apelei para a ajuda da internet. Sim, eu sei que isso estraga a graça do puzzle, mas quando você está empacado há mais de uma hora em uma cena, a paciência acaba sendo a primeira “vítima” da demora para solucionar o enigma.
A selva é protagonista aqui:
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A canseira dada pelos puzzles é compensada pelas mecânicas de combate. As ações furtivas ganharam um jeitão de Sam Fisher (da série Splinter Cell) e esconder-se na floresta, nas folhagens ou na lama é muito divertido antes de atacar um guarda sem ser percebido. Você sempre pode optar por avançar sem que Lara seja notada e matar um a um dos inimigos, naquele jeitão que lembra bastante os ataques a outposts das últimas edições de Far Cry. Mas também pode jogar molotovs, sacar a metralhadora e meter bala em todo mundo. Fica a seu critério.
No geral, Shadow of the Tomb Raider mantém o espírito de aventura e ação da série, com os tradicionais puzzles irritantemente difíceis e mecânicas de combate stealth emocionantes. Porém, ainda que Lara Croft seja a grande estrela aqui, são os espetaculares cenários tropicais que se tornam o maior atrativo do jogo.
(Fernando Souza Filho)
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