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Um ataque terrorista iniciado por um grupo de dissidentes russos contra os Estados Unidos abre um conflito pelo controle de uma colônia espacial capaz de ataques de destruição em massa. No papel do pesquisador Sam Gideon da agência de pesquisa DARPA, você é enviado junto com o exército americano para fazer frente à essa ameaça, equipado com armamentos de última geração
Com Vanquish, o diretor veterano Shinji Mikami entrou em um território dominado pelos desenvolvedores ocidentais e, contra todas as expectativas, criou um jogo com elementos originais que é uma autêntica evolução do gênero.
A primeira vista, comparações de Vanquish com Gears of War são inevitáveis: ambos os jogos contam com combate com armas de fogo, com esquadrões e a mecânica de cobertura. Mas o protagonista Sam, ao contrário dos seus colegas em Gears, é um ser humano de tamanho normal, com o diferencial de ser equipado com a armadura ARS.
Esse equipamento, que se parece com a armadura de Master Chief, mas criada pela Apple, é o que proporciona a originalidade de Vanquish. Um conjunto de jatos possibilita que Sam deslize pelo campo de batalha a altíssimas velocidades e um toque de botão aciona o modo Bullet Time, o que coloca o jogo em slow-motion e possibilita tiros precisos. Essas duas características tornam Vanquish uma montanha-russa de ação non-stop: em um momento você está deslizando pelo estágio em altas velocidade para chegar em uma proteção do outro lado da tela, para em seguida, em um único e gracioso movimento, saltar o muro, acionar o Bullet Time e dar tiros na cara de um inimigo. É preciso, estiloso e tecnicamente sublime.
Histórias decentes em um tipo de jogo cujo objetivo principal é explodir tudo ao seu redor raramente funcionam e Vanquish abandona logo qualquer pretensão de seriedade. Em meio a palavrões e frases de efeito de fazer inveja a Schwarzenegger, temos os clichês típicos, como o conflito ideológico da grande nação americana contra os maléficos russos e a obrigatória conspiração por trás de tudo.
É o estilo Resident Evil de narrativa e assim como no jogo que o elevou ao estrelato, Mikami apresenta uma história que aparentemente nem os próprios personagens levam a sério. E isso é uma boa coisa, pois se existe algo que Gears of War nos ensinou é que situações forçadas com esposas desaparecidas não são dramáticas - são ridículas.
Vanquish é uma evolução para o gênero de jogos de tiro em terceira pessoa, mas é um passo na direção da especialização. É improvável que outros membros da espécie sigam esse caminho evolucionário de ação frenética, mas é bom que seja assim, pelo bem da inovação. O maior feito de Vanquish não é a sua perfeição técnica, mas sim mostrar que ainda há espaço para coisas novas mesmo nos gêneros mais batidos.